DOR NO QUADRIL

Costuma ser causada pelas seguintes patologias:

Tendinite glútea

A tendinopatia do glúteo médio e do glúteo mínimo é uma condição em que os tendões que estão localizados na região lateral do quadril sofrem danos ou degeneração.

Essa condição é mais comum em pessoas ativas, como corredores, e em indivíduos mais velhos devido ao desgaste natural. A sobrecarga repetitiva, desequilíbrios musculares e o envelhecimento são algumas das causas conhecidas.

Os sintomas da tendinopatia do glúteo médio e do glúteo mínimo incluem dor no quadril, dificuldade em caminhar, subir escadas e virar na cama.

O tratamento geralmente envolve repouso, fisioterapia para fortalecimento e alongamento dos músculos adjacentes, uso de medicamentos e, em casos persistentes, a proloterapia e a terapia por ondas de choque podem ser consideradas como uma opção.

Bursite do quadril:

A bursite do quadril é uma inflamação da bursa, uma pequena bolsa de líquido que atua como um amortecedor entre os ossos, tendões e músculos ao redor do quadril. Essa condição pode ser causada por sobrecarga, trauma ou doenças inflamatórias.

A bursite do quadril é mais comum em mulheres e em pessoas que praticam atividades que envolvem movimentos repetitivos do quadril, como corrida ou ciclismo. Os sintomas incluem dor no quadril, sensibilidade ao toque, inchaço e dificuldade em deitar do lado afetado.

O tratamento pode envolver repouso, aplicação de gelo, uso de medicamentos, fisioterapia para fortalecimento muscular e, em casos persistentes, a proloterapia e a terapia por ondas de choque podem ser consideradas como uma opção de tratamento.

Osteoartrite do quadril:

A artrose do quadril é uma condição degenerativa crônica que afeta as articulações do quadril. É mais comum em pessoas mais velhas, mas também pode ocorrer em indivíduos mais jovens devido a lesões articulares prévias, defeitos congênitos, doenças inflamatórias ou sobrecarga crônica nas articulações.

A artrose do quadril é caracterizada pela deterioração progressiva da cartilagem que reveste as superfícies articulares do quadril. A cartilagem é responsável por amortecer os ossos e permitir um movimento suave e sem dor.

Com o avanço da artrose, a cartilagem se desgasta, levando à exposição do osso subjacente e à formação de osteófitos, conhecidos como “bicos de papagaio”, que são crescimentos ósseos anormais.

Os sintomas da artrose do quadril podem variar, mas geralmente incluem dor no quadril, rigidez articular, dificuldade em caminhar e realizar atividades cotidianas, além de uma redução da amplitude de movimento.

A dor é frequentemente sentida na região da virilha, nádegas e coxas, podendo irradiar para o joelho. A dor tende a ser pior com a atividade e pode levar à limitação funcional.

O tratamento da artrose do quadril tem como objetivo aliviar a dor, melhorar a função articular e a qualidade de vida do paciente. As opções de tratamento podem variar dependendo da gravidade dos sintomas e da progressão da doença.

Inicialmente, são recomendadas medidas conservadoras, como fisioterapia para fortalecimento muscular, alongamento, controle de peso e modificação das atividades para reduzir a sobrecarga nas articulações. O uso de medicamentos pode ser prescrito para alívio da dor e redução da inflamação.

Em casos mais graves em que os sintomas não são controlados adequadamente com as medidas conservadoras, pode-se considerar a viscosuplementação associada ou não a proloterapia.

A proloterapia é uma técnica que envolve a injeção de uma solução irritante no local afetado para estimular a regeneração dos tecidos e promover a cicatrização. Na osteoartrite do quadril, a proloterapia pode ser utilizada para fortalecer os ligamentos enfraquecidos e reduzir a dor.

A cirurgia de substituição do quadril, conhecida como artroplastia total do quadril, é uma opção eficaz para pacientes com artrose grave. Nesse procedimento, as superfícies articulares danificadas são substituídas por implantes artificiais, permitindo a restauração da função e alívio da dor.

As terapias ablativas, como a radiofrequência ou a crioterapia, podem ser consideradas em casos graves de osteoartrite do quadril. Essas terapias envolvem a destruição seletiva de pequenos nervos responsáveis pela transmissão da dor, o que pode resultar em alívio prolongado da dor.

Síndrome do Piriforme:

A síndrome do piriforme é uma condição dolorosa que afeta o nervo ciático, causando dor na região glútea e irradiando para a perna. Ela é considerada uma causa comum de dor no glúteo e na região posterior da coxa, sendo mais prevalente em adultos jovens e atletas. Estima-se que afete de 6% a 8% da população geral.

A condição ocorre quando o músculo piriforme, localizado na região profunda das nádegas, fica tenso ou sofre espasmos, irritando o nervo ciático que passa por baixo ou às vezes através desse músculo.

As causas exatas da síndrome do piriforme ainda não são completamente compreendidas. No entanto, alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento da condição, como lesões ou trauma na região do quadril, espasmos musculares devido a sobrecarga ou uso excessivo, compressão do nervo ciático devido à anatomia anormal ou alterações posturais, como o encurtamento dos músculos do quadril.

Os sintomas característicos da síndrome do piriforme incluem dor profunda na região glútea que pode irradiar para a parte posterior da coxa, formigamento, dormência e fraqueza muscular na perna afetada. A dor pode ser agravada ao sentar, subir escadas, correr, caminhar longas distâncias ou após atividades físicas intensas. 

O tratamento da síndrome do piriforme visa aliviar a dor, relaxar o músculo piriforme e restaurar a função normal. As opções de tratamento incluem:

  1. Medidas conservadoras: repouso, aplicação de gelo na área afetada, uso de medicamentos para alívio da dor e redução da inflamação, fisioterapia para alongamento e fortalecimento dos músculos do quadril e postura adequada.
  2. Terapias complementares: além das medidas conservadoras, algumas terapias complementares podem ser consideradas, como acupuntura, liberação miofascial , terapia por ondas de choque, que podem ajudar a relaxar os músculos tensos e reduzir a dor.

3. Tratamento Intervencionista: a proloterapia é uma opção terapêutica que envolve a injeção de uma solução irritante no local afetado para estimular a regeneração dos tecidos e promover a cura. No caso da síndrome do piriforme, ela pode ser usada para reduzir a tensão muscular e a inflamação localizada, ajudando a aliviar a dor e melhorar a função.