DOR LOMBAR
Lombalgia é o nome de uma das formas mais comuns da popular “dor nas costas” e consiste no incômodo sentido na parte baixa da coluna, na região lombar. É um problema bem democrático: atinge da mesma forma a todas as etnias e afeta igualmente homens e mulheres, sendo mais comum entre pessoas obesas ou que apresentam vícios posturais.
Nas sociedades modernas, a lombalgia tem atingido proporções endêmicas. Acredita-se que isso ocorra porque tanto o aumento da expectativa de vida, quanto o estilo de vida contemporâneo (que inclui muitas horas de trabalho na posição sentada), estejam associados ao desenvolvimento da enfermidade.
São variados os graus de desconforto causados pela lombalgia. Alguns pacientes experimentam ligeiros incômodos na forma de dores e queimações. Outros terão crises mais graves, com “travamentos”. Em alguns casos, a doença evolui tanto que chega a impedir a pessoa de ficar de pé e de andar.
O mais comum são os casos de dor aguda, que aparece e desaparece de forma relativamente rápida, causada por músculos ou ligamentos machucados ou inflamados. Nesse estágio, o problema é descrito como dor recorrente, que pode virar dor crônica caso persista por três meses ou mais.
Tratamento
Na maioria dos casos, a dor lombar se resolve com a associação de algumas medicações específicas e fisioterapia especializada. Esta combinação é chamada de tratamento conservador. Ao contrário do que grande parte das pessoas pensa, a cirurgia para dor lombar é necessária em um número muito pequeno de casos.
Mesmo nos casos em que o tratamento conservador falha, a Medicina Intervencionista da Dor conta com diversas opções de procedimentos minimamente invasivos, que conseguem evitar a cirurgia.
Além do tratamento visando os aspectos físicos da dor lombar, os aspectos emocionais também devem ser levados em conta na avaliação. Em alguns casos, a dor pode estar relacionada a questões emocionais, como o estresse. Nesses cenários, uma avaliação psicológica pode contribuir muito com o entendimento e o prognóstico de cada caso.
Prognóstico:
A boa notícia é que por volta de 60% dos pacientes de dor lombar melhoram seus sintomas em até seis semanas, sem precisar de tratamentos especializados. Entretanto, deve-se ter atenção redobrada quando o alívio chega: nesse período, é importante iniciar um programa de atividades físicas regulares para evitar o retorno da dor.